Reajuste dos pedágios das rodovias do estado chega a quase 12%.
Nesta sexta-feira (16), começou a valer os novos valores dos pedágios das rodovias do Estado de São Paulo. O reajuste foi publicado no Diário Oficial da União pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
As altas chegarão perto de 12%, como nos casos de vias movimentadas, como Anchieta, Imigrantes, Anhanguera, Bandeirantes e Rodoanel.
No sistema Anchieta-Imigrantes, quem sai da capital paulista para o litoral sul passará a pagar um pedágio de R$ 33,80. As duas rodovias são administradas pela EcoVias, controlada pela EcoRodovias.
Nas rodovias Anhanguera e Bandeirantes, administradas pela concessionária Autoban, da CCR, os pedágios cobrados vão de R$ 7,80 a R$ 11,80 para carros de passeio, com variação no valor em cada ponto de cobrança. O reajuste aprovado para essas vias é de 11,73%.
No caso do Rodoanel, no trecho Oeste, administrado pela CCR, o pedágio passa a ser de R$ 2,80 a partir de sexta, enquanto nos trechos Sul e Leste, da SPMar, controlada pelo Grupo Bertin, os valores passam a ser de R$ 4,30 e R$ 3,30, respectivamente.
Segundo a Artesp, os contratos de concessão destas rodovias têm como indexador o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento leva em conta a inflação acumulada entre junho de 2021 e maio de 2022.
As concessionárias Tebe, Intervias, Triângulo do Sol, Renovias e Colinas, que administram estradas no interior de São Paulo, vão reajustar seus pedágios em 10,72%, com contratos indexados pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O último reajuste para as 18 concessionárias havia sido feito em julho de 2021. A Artesp informa que 2,3 milhões de veículos circulam diariamente nas rodovias que terão suas tarifas reajustadas.
A correção anunciada nesta quarta-feira estava prevista para entrar em vigor em julho, mas foi adiada pelo governo de São Paulo, “devido à sensível conjuntura econômica existente na ocasião, com alta inflação e alta desenfreada dos preços, em especial, de combustíveis, que causaram efeito cascata no bolso do consumidor”, segundo a agência reguladora.
No período pré-eleitoral, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou que não haveria reajuste de pedágio nas rodovias de São Paulo. O governo de São Paulo reservou R$ 400 milhões até o fim do ano para repassar às concessionárias que administram rodovias no estado, compensando o congelamento de aumento das tarifas.
Segundo a Artesp, o governo tem feito ajustes bimestrais com as concessionárias para compensar as perdas de receita com o adiamento dos reajustes.
A agência informou que foi apurada uma perda de R$ 177,5 milhões entre os dias 1º de julho e 15 de agosto. No segundo levantamento, do período entre 16 de agosto e 15 de outubro, as perdas somaram R$ 233,2 milhões. O próximo intervalo a ser calculado se iniciou no dia 16 de outubro e termina nesta quinta-feira (15).
Em nota, o governo de São Paulo afirma que não poderia mais adiar o reajuste, “para não levar à próxima gestão custos assumidos pelo atual governo, que sempre manteve intacta sua responsabilidade social e fiscal e é reconhecido por respeitar seus contratos”.
Sobre o ressarcimento às concessionárias pelo adiamento dos reajustes, todos os valores já estão em ajustes na atual gestão.
Com informações da Folha de S.Paulo